TV Bahia lança documentário em homenagem aos 50 anos do Ilê Aiyê
25/10/2024
Primeiro bloco afro do mundo é símbolo da cultura baiana no mundo, da resistência do povo preto e da luta contra o racismo. TV Bahia lança documentário "Ilê Aiyê: a casa do mundo"
A TV Bahia vai apresentar, no dia 1º de novembro, um documentário que homenageia os 50 anos do Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do mundo. O material exclusivo será veiculado na tarde da próxima sexta-feira, no horário da Sessão da Tarde.
Intitulado "Ilê Aiyê: a casa do mundo", o documentário reúne registros inéditos e relembra a trajetória da entidade, que é símbolo da cultura baiana no mundo, da resistência do povo preto e da luta contra o racismo.
A equipe de jornalismo da TV Bahia ouviu quase 60 pessoas, entre anônimos e famosos, que buscaram nos seus arquivos e lembranças os melhores momentos e relatos sobre o sobre o "Mais Belo dos Belos".
Entre as participações estão nomes como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Lazzo Matumbi, Carlinhos Brown, Mãe Hildelice e Vovô do Ilê. O casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araújo também está no elenco, com narrações de trechos.
Se não fosse o Ilê Aiyê: bloco afro mais antigo do país celebra 50 anos; veja curiosidades sobre a história de resistência
Livro que retrata o surgimento do Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, é lançado em Salvador
"Ilê Aiyê: a casa do mundo" tem coordenação e roteiro de Alexandre Lyrio, coordenação e reportagem de Ricardo Ishmael, edição e pesquisa de Sheliane Silva e edição de imagens de Gabriel Paz.
“O Ilê é a casa do mundo porque é ali que nascem os talentos que levaram seus tambores para todas as partes do planeta. O Carnaval não seria o mesmo se não fosse o Ilê, a axé music não existiria. O Ilê é a referência desse novo mundo que surgiu dele e bebe de sua fonte há 50 anos", afirma o jornalista Alexandre Lyrio.
O roteiro tem como ponto de partida a Ladeira do Curuzu, o bairro da Liberdade e o surgimento do Ilê. A narrativa atravessa as cinco décadas de trajetória até chegar à turnê mundial que o grupo realizou em julho de 2024, iniciando a viagem pela África e passando por 12 países europeus.
“Um bom documentário é aquele que produz memória. Penso que, modéstia à parte, foi o que conseguimos fazer. Abrimos o 'baú de memórias' dos nossos entrevistados. O resultado é uma documentário forte, contundente, mas, ao mesmo tempo, sensível e poético. Mais do que recontar a história do bloco, transportamos as pessoas para dentro dessa história. Os telespectadores vão se sentir testemunhas das profundas transformações que o Ilê promoveu em nossa sociedade e que repercutem até hoje”, reforça o apresentador Ricardo Ricardo Ishmael, que viajou até o Marrocos, país do norte africano, para acompanhar parte da turnê.
Ilê Aiyê recebe Daniela Mercury, BaianaSystem e Orquestra Afrosinfônica em 'festa' dos 50 anos em Salvador
O material destaca, ainda, o protagonismo das mulheres do Ilê, especialmente Mãe Hilda de Jitolu, mãe de Vovô e ialorixá do terreiro Ilê Axé Jitolu, onde tudo começou. Falecida em 2009, ela foi a mentora do bloco e de todos os projetos sociais desenvolvidos pela entidade.
“A Rede Bahia está empenhada em produzir uma série de conteúdos especiais que discutam a questão racial ao longo do mês de novembro. Iniciamos com o documentário do Ilê Aiyê, reverenciando o papel do bloco na formação social e cultural da população brasileira, mas não vamos parar por aí. Teremos uma série especial sobre letramento racial no BATV e a estreia da quinta temporada do Conversa Preta. Enquanto veículo de comunicação, é nosso papel contribuir com a pauta a partir de reflexões na TV aberta”, detalha a diretora de jornalismo da Rede Bahia, Ana Raquel Copetti.
Bloco afro Ilê Aiyê
Divulgação/André Frutuoso
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻
u